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27 fevereiro, 2012

JCG FEVEREIRO: Rebelião - Divisão do Corpo

Queridos irmãos, é necessário tratarmos o tema rebelião de maneira clara e objetiva. A cada dia, mais e mais pastores e líderes dividem a igreja de Cristo ao bel prazer de suas convicções ideológicas, filosóficas e doutrinárias. Acham que estão certos e que Deus entende suas motivações. Meu objetivo neste artigo é demonstrar à luz da bíblia, que Deus, o Senhor, não estabelece pacto com rebeldes. Sim, rebeldes.
Mas qual o significado do termo Rebelião à Luz da bíblia? Rebelião: é quando a pessoa não reconhece a autoridade do líder nem de Deus, se levanta contra a liderança, comete insubordinação, insubmissão, e questiona a autoridade. Nega princípios da palavra em detrimento das suas próprias vontades ou sonhos pessoais.
Desobediência: é quando a pessoa reconhece a autoridade do líder e de Deus, mas não faz aquilo que foi orientado nem pelo líder, nem pela Palavra. Sabe que aquilo está certo, mas acaba fazendo o errado.
A Bíblia traz exemplos importantes de rebeliões. Relata Anjos, homens e mulheres que se voltaram contra Deus e suas autoridades e, mostra como isso terminou. Deus abomina a rebelião - leia I SM 15:22,23.
A primeira rebelião foi a de Satanás e Lúcifer - anjos de luz que se perderam com os seus poderes e perfeição. Segundo a Bíblia, o motivo de sua rebelião contra Deus foi o de não concordar com as diretrizes que Ele dera à criação. Leia:  I SM 14:12,14 e EZ 28:13,18.
 “Estavas no Éden, jardim de Deus (...). Querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus (...). Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti(...) Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam.” Ezequiel  28:13,18.
O fato, irmãos, é que isso ainda acontece nos dias atuais.
Muitos obreiros e pastores que eventualmente não concordam com sua liderança, ora porque acham que podem fazer melhor, ora por inveja, decidem fazer seu próprio reino, se rebelam contra a visão e dividem a igreja.
O segundo tipo de rebelião que podemos ilustrar foi a de Saul, que mesmo depois de orientado, obedeceu a Deus parcialmente. Obediência parcial para Deus é o mesmo que desobediência total.
I SM 15:22,23 - “Porém Samuel disse: tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar (...). Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria (...). Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”.
Esse tipo de rebelião, no entanto, é motivada por boas intenções, mas também peca por negar a autoridade divina. No cap. 15 do livro em questão, fica claro que para Saul o mais importante foi agradar o povo e manter seu trono e liderança. Quantas vezes tenho visto pastores se rebelarem contra Deus por dar ouvido a voz do povo.
Já o terceiro tipo é muito comum também, é quando pessoas ‘se chamam’ para um ministério e querem o lugar de autoridade, do líder, sem entender que estão se levantando contra Deus. Acompanhem: “Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome, 3 - E se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do SENHOR? (...). Fazei isto: tomai vós incensários (...).  Ainda também procurais o sacerdócio?” -  Números 16:2.
Esse tipo de rebelião é motivado pelo desejo de ser usado como o líder e de se colocar na mesma posição, inflamam a congregação e despertam a ideia de que  ‘todos somos iguais perante de Deus’, sem entender a importância do Chamado.
O quarto tipo de rebelião, no meu entender, é aquela provocada por ciúme “Deus fala por mim, Deus me deu dons também” -  infelizmente é muito comum. Exemplo, são aqueles que possuem dons e acham que pelo fato de Deus usá-los, não precisam se submeter à ninguém  – ledo engano. A unção é individual, assim como o chamado e, principalmente, a intimidade com Deus.
“E disseram: Porventura, tem falado o SENHOR somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O SENHOR o ouviu. 3 - Era o varão Moisés mui manso (...). Logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três, saí à tenda da congregação. E saíram eles três . Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles se apresentaram. Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? E a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se leprosa, branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não ponhas, te rogo, sobre nós este pecado, pois loucamente procedemos e pecamos.”
A conclusão, irmãos, é que muitos dos líderes que dividem a Igreja e que acham que Deus aprova suas atitudes podem estar mortos espiritualmente. ‘Leprosos’, a terra corrói suas vidas. Relaxados, esquecem-se da lei da semeadura: Tudo que você planta, você colhe. Igrejas que nascem da divisão, vão se dividir pelo menos mais quatro vezes. E claro, ainda tem aqueles que dividem igreja por dinheiro, ganância, inveja, entre outras coisas.
Neste momento você pode pensar: “então eu não posso abrir uma nova Igreja?, uma nova Obra”. Pode, claro! Só cultive a motivação correta. Não influencie membros para ir com você. Não maldiga os antigos líderes. Saia pela porta da frente, pois um dia, talvez, você queira voltar!


Rev. Júlio César Antunes Miranda
Pastor Títular da Igreja do Nazareno de Jaú/SP. Bacharel em Teologia, Prós-graduado em Missioligia e Narcodepêndencia.




_ APARTES _




"Acompanhei e presenciei a dor e o inconsolável sofrimento de pastores que passaram por isso"

Divisão da igreja é multiplicação ou rebelião?
Para o grupo que está saindo de uma igreja, eles sempre estão certos, com visão, revelação, e até direção. 
Normalmente saem criticando para justificar sua saída. Para o pastor e para a igreja que estão feridos são rebeldes, estão em pecado. Em suma, dois lados existem: pessoas feridas, resultado de relacionamentos rompidos, outrora bondosos e unidos, agora, opondo-se uns aos outros. É quando então os comentários de pecados confessados veem à tona.
Quero nesse aparte, contar-lhes a minha experiência. Me converti no início de uma igreja e, confesso que não percebi nada na época, mas líderes tinham sido expulsos por causa do "avivamento", então, começaram essa nova igreja. Ela cresceu bastante e se estabeleceu como uma igreja modelo, muito procurada. Mas ao longo de sua história novas divisões aconteceram. Grupos saíram e começaram novas igrejas, levando consigo o mesmo espírito e, em consequência: novas divisões se sucederam. Seria este o plano de Deus para o crescimento? Muitos já devem ter ouvido a frase:  “Na matemática de Deus se divide para multiplicar”. Não creio nisto, mas é prática mais comum nos dias de hoje. 
Em meus 34 anos de igreja, acompanhei e presenciei a dor e o inconsolável sofrimento de pastores que passaram por isso, então, não posso aceitar este modelo como sendo de Deus.
 “Para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”.  (I Tm 3:15). 

Pedro Peres - pastor da Comunidade Cristã Nova Aliança de Agudos

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"Toda rebelião é pecado; exceto quando nossa obediência às pessoas vier implicar em desobediência a Deus"

Em muitas situações na vida de cristãos e até de não cristãos, observamos que em meio à situações de dor e sofrimento, em meio a lutas e tribulações Satanás tentará usar aquela circunstância para o mal, mas o propósito de Deus será usá-la para o bem, porque Deus é Soberano!  Ele está no controle e não o Diabo! E isto deve gerar fé e confiança! 
Romanos 8.28, diz: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”   Quando o apóstolo Paulo diz que todas as coisas contribuem para o bem, inclui sem dúvida, as coisas que jamais gostaríamos que acontecessem conosco, ou com queridos nossos. Um exemplo, é justamente a rebelião dentro de igrejas como fator de divisão ou multiplicação do Reino de Deus. Na verdade, nenhuma forma de rebelião é aprovada pelo Senhor. Toda rebelião é pecado; exceto quando nossa obediência às pessoas vier implicar em desobediência a Deus.  Neste caso, como Pedro e João disseram às autoridades judaicas: “Mais importa obedecer a Deus, do que aos homens.”
 Se tivermos que sair de alguma igreja local, devemos procurar sair sozinhos; nunca com um grupo junto conosco. Na primeira rebelião que se tem notícia, Satanás caiu com um terço dos anjos. E este é um padrão que não deve ser seguido. Porém, sustentando a tese já exposta, de que Deus e o Diabo trabalham paralelamente, mesmo nos casos de divisões de igrejas – frutos de pecado + ação diabólica, Deus é poderoso para transformar o mal em bem. E frequentemente é isto que vemos, ou seja, algo que serviria para dividir, acaba sendo usado por Deus para multiplicar e expandir Seu Governo sobre a Terra.
Não podemos, contudo, ainda que cientes da ação transformadora de Deus, acabar justificando as divisões da igreja. Isto porque, os fins não justificam os meios; e cada vez que há rebelião há divisão. Satanás trabalhou para roubar a paz e a comunhão entre os irmãos, para matar o amor, que é o “vínculo da perfeição”, para destruir vidas, que saem com feridas profundas na alma. Decepcionadas, muitas vezes com os líderes, e, por vezes, não querendo mais participar da comunhão dos santos, voltando para o mundo.
 Assim, portanto, cada um de nós como cristãos, como membros do Corpo de Cristo, não importa onde, devemos nos esforçar para manter o vínculo da paz “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz".  Este vínculo uma vez quebrado pode ser restaurado; mas vão ficar sempre algumas sequelas. Por isso, a Palavra nos exorta a fazermos o possível para mantê-lo. 

David Asckar - Pastor DA igreja Vineyard de Bauru

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"Lutando pela comunhão, não pela divisão. "

Horas antes de iniciar este comentário, havia terminado a leitura do livro “Vida e Comunhão” (Dietrich Bonhoeffer). Excelente obra, sem dúvida. Embora não sendo nenhum tratado teológico sobre kinonía, declara profundas verdades e avalia a comunhão a partir de diferentes vieses. Parto, pois, tomando empréstimo de algumas declarações de Bonhoffer, para tentar expressar o que penso ser o ponto de vista bíblico sobre parte daquilo que se entende por rebelião, e suas consequências.
Todavia, autodisciplina do cristão é serviço à comunidade. Por outro lado, não existe pecado em pensamento, palavra e ação por mais pessoal e secreto que seja que não venha a ser prejuízo da comunidade.
O bispo (pastor), nada mais é do que o homem simples e fiel que se desincumbe de forma correta do seu serviço na comunidade. Sua autoridade consiste no cumprimento do seu serviço... O desejo por autoridade falsa, em última análise, nada mais quer do que erigir novamente na igreja o imediatismo, a dependência de homens. 
A disputa pelo poder, por espaço e proeminência não é algo recente, como se sabe, surgiu bem antes do ser humano se tornar alma vivente, e vem se arrastando através da história. A disputa pelo poder, pelo imperativo da vontade, é originária da iniquidade e do orgulho, e serve de combustível para toda e qualquer rebelião. Temos aqui um sentimento contraditório e contrário ao princípio do servo vivenciado e ensinado por Jesus. 
O processo prático da divisão se apresenta em meio à igreja evangélica originada por inúmeros fatores oriundos do orgulho. Dois destes fatores de mesma natureza são identificáveis em por boa parte das divisões e separações que acontecem nas igrejas. O primeiro deles ocorre quando um líder entendendo-se vocacionado, mas não tendo um espírito semelhante ao de Davi, resolve encurtar ou acelerar o divino processo de formação de um líder. Este líder sai arregimentando seguidores para ascender à posição de líder titular.  O segundo surge pela insistência carnal da perpetuação do poder, do cargo, do título, por parte do pastor ou líder principal. Este possuindo um espírito semelhante ao de Saul, para se manter no poder, parte para a aniquilação do líder emergente. Para vencermos este câncer que está corroendo a igreja evangélica brasileira, é necessária a compreensão de que a igreja é propriedade do Senhor Jesus, não de homens. Precisamos pensar como Bonhoeffer, o bispo (pastor) – “nada mais é do que o homem simples e fiel, sadio na fé e na vida”.  Os pastores precisam lembrar que a igreja é de Cristo, e as ovelhas lembrarem que os pastores são levantados por Deus. Quem perde com divisão? O corpo de Cristo.
Meu irmão, líder emergente em formação, no nome precioso do nosso Senhor Jesus, eu te admoesto: saiba esperar pelo agir de Deus! Se você é realmente vocacionado e o Senhor tem te chamado para a obra do ministério, é Ele quem vai te conduzir à frente do rebanho. Não passe por cima de ninguém, não atropele! Você pode causar um estrago muito grande se insistir nessa loucura. Todo verdadeiro homem de Deus passa pela porta da frente, não pula pelas janelas, não invade. Lembre-se do conselho de Paulo a Timóteo, esta palavra é digna de crédito, se alguém almeja ser bispo (pastor), deseja algo excelente. É necessário, porém que o bispo seja irrepreensível - inimigo de discórdias. 
E a você companheiro de ministério, eu te pergunto: quando foi que deixou de perceber que o Trono é do Senhor? Lembre-se, Ele dispõe como quer, a uns exalta, a outros, abate. Se o Senhor não for conosco não há pastoreio, e se ele está conosco, é Ele quem irá nos sustentar e manter aonde tem nos colocado. Qualquer tentativa de manter o poder a força será contada contra nós, e iremos com certeza dar conta da nossa liderança Naquele Dia! 
Com amor, zelo e entendimento.

Willian T. Quintela - pastor da igreja Batista do Jd. Bela Vista de Bauru





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