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20 novembro, 2009

JCG/NOVEMBRO: Tatuagens e Piercings


O texto bíblico de Ezequiel 16.11 e 12 mostra a cidade de Jerusalém como a esposa de Deus e por Ele adornada com enfeites, braceletes, colar, brincos e uma linda coroa na cabeça, incluindo também um "pendente no nariz", (piercing) colocado pelo próprio Deus para enfeitar a sua esposa. Isso significa que colocar piercing não é pecado? Ao contrário dos usos e costumes das igrejas pentecostais históricas, onde os ornamentos femininos são proibidos devido a uma interpretação equivocada do texto de 1ª Pedro 3.3 e 4, conforme outros textos bíblicos, especialmente o livro de Cantares, quando a esposa sulamita do rei Salomão, que prefigura a noiva de Cristo, a Igreja, apresenta-se ornamentada com colares e brincos e ainda é sensual, ao mesmo tempo que é pura para o seu amado, e onde há descrições do relacionamento entre ambos com conotações eróticas, e ao mesmo tempo, santas, relativas ao amor conjugal, e ao de Jesus Cristo e sua noiva, a Igreja.
A cultura israelita, ou oriental mediterrânea, não inibe a expressão da beleza feminina por intermédio de adereços e jóias. Por isso, foi esse o presente enviado por Abraão por meio de Eleazar, seu servo, quando foi à casa de Labão para trazer esposa para o seu filho Isaque. A esposa escolhida, Rebeca, recebeu jóias preciosas como presente para o casamento (Gênesis 24.22). O pendente no nariz, ou o "piercing" fazia parte cultural do ornamento feminino (Gênesis 24.30 e 47), bem como os anéis, braceletes ou pulseiras, brincos (Gênesis 35.4) e colares (Cantares 1.10). Mesmo os homens usavam anéis, como sinal de selo real (Daniel 6.7), e como sinal de autoridade constituída por Deus (Ageu 2.23), de modo que também José recebeu o anel de Faraó e um colar de ouro para ser reconhecido como o Primeiro Ministro do Egito, o primeiro em autoridade após o próprio Faraó (Gênesis 41.42). José não era pagão, e nunca foi cúmplice das trevas por usar anel e colar de ouro.
O anel era sinal da autoridade de um patriarca, e a Bíblia relata que Judá deixou o seu anel, juntamente com o seu bordão para ser penhor do pagamento a Tamar, sua nora, que ele havia possuído sem identificá-la e como se fosse uma prostituta (Gênesis 38.18). Apesar do erro de relação com a suposta prostituta, foi exatamente o filho dessa relação sexual imoral que se deu a descendência real em Israel (Mateus 1.3), e o anel de Judá foi a salvação para Tamar não ser apedrejada como adúltera, bem como de sua descendência existiu e chegou ao nascimento do Salvador Jesus (Mateus 1.16). No entanto, a cultura cristã ocidental não admite homens usando jóias, bem como as mulheres usando determinados aparatos de vestuários, como se fossem sinais de paganismo ou de pacto com as trevas, embora sejam hábitos culturais que não são necessariamente satânicos ou demoníacos. Do ponto de vista médico, os piercings são fontes importantes de infecções, especialmente os colocados na boca, perfurando língua, mas também os colocados em qualquer outro lugar do corpo com potencial risco de contaminação como áreas de pêlos e de mucosas, bem como em genitais, já que inacreditavelmente existem pessoas que se dispõem a esse uso íntimo, com objetivos ou com prazer questionáveis. Também a colocação por "profissionais" sem conhecimento médico, e sem condições de higiene e assepsia, são fontes de infecções locais e algumas vezes generalizadas, com risco a vida da pessoa. Nesse sentido, há um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional brasileiro com a finalidade de proibir clínicas de tatuagem sem a presença e assistência de um médico, e o mesmo é válido para acunpuntura e piercings, o que tenta preservar a integridade física dos usuários, diminuindo riscos de infecções locais e generalizadas, hepatites e AIDS e suas consequências, inclusive a morte. E ao falar em tatuagens, existem argumentos fúteis e descabidos baseados no texto de Gálatas 6.17, quando o apóstolo Paulo diz que trazia em seu corpo as marcas de Cristo, como se ele tivesse sido tatuado, o que é um enorme equívoco. Paulo recebeu açoites por cinco vezes, bem como foi apedrejado e foi fustigado com varas (2ª Coríntios 11.23 a 25), em tentativas de ser assassinado pelos judeus que o confrontavam por suas pregações anunciando o Senhor Jesus. Essas eram as marcas cicatriciais que Paulo carregava em seu corpo, nada semelhante a tatuagens. Há relatos de pinturas nos olhos (2º Reis 9.30; Jeremias 4.30; Ezequiel 23.40), como maquiagem, mas não com conotação de tatuagens, ou marcas no corpo. Biblicamente existe um único texto que menciona: "nem fareis marca alguma sobre vós" (Levítico 19.28), sem especificações de que marcas seriam essas, mas que são interpretadas como tatuagens. E este versículo encerra com as palavras: "Eu sou o SENHOR.", expressão mencionada sempre como não ter outros deuses diante do SENHOR, ou não realizar práticas abomináveis contra Deus. Isso significa que as pessoas tatuadas não herdarão o Reino de Deus? Em parte, ter marcas no corpo significa confronto contra Deus com práticas de abominação, sim, o que acarretaria em não herdar a vida eterna, interpretando o significado da ordem explícita de Levítico 19.28. Por outro lado, Deus não olha para a aparência, mas para o coração (1ª Samuel 16.7). Explicitamente na Bíblia, existe uma única marca, a marca da besta, ou o número seiscentos e sessenta e seis, marca esta que será colocada sobre a mão direita ou sobre a fronte dos incrédulos que levará à morte eterna por significar pacto com Satanás e de adoração ao anticristo nos tempos da grande tribulação (Apocalipse 13.16 a 18; Apocalipse 19.19 a 21).
Profissionalmente, como médico, eu contraindico as tatuagens por riscos de transmissão de infecções como hepatite e AIDS, ou infecções bacterianas locais ou generalizadas, já que as condições de higiene e assepsia não são adequadas na maior parte dos locais de realização desse procedimento. Ministerialmente, como pastor, eu contra-indico devido aos antecedentes antropológicos de rebelião emocional, social e espiritual dos grupos de pessoas que promovem a realização das tatuagens, em confronto contra a estrutura familiar, contra a autoridade dos pais e contra a sociedade ou seus padrões morais. As "marcas no corpo" já eram realizadas há mais de quatro mil anos, de modo que foi colocada uma lei da parte de Deus para que não fossem feitas, por serem sinais de independência ou de rebelião do tipo "sou quem manda em meu corpo e na minha vida", apregoados na história contemporânea abertamente e intensamente pelo movimento hippie a partir dos anos 60 (há cerca de cinquenta anos!), juntamente com o uso de drogas e do sexo livre, quebrando os conceitos de virgindade antes do casamento, fidelidade conjugal, submissão da mulher ao marido, submissão e obediência dos filhos a seus pais e unidade familiar.
Atualmente as tatuagens estão sendo propagandeadas como "arte no corpo" ganhando pessoas inocentes sendo cada vez mais "aceitas" nos meios evangélicos, inclusive, como se fosse algo natural, do mesmo modo que homossexualismo e adultério passam gradativamente a ser aceitáveis, inclusive com diversas denominações "cristãs" ordenando pastores nessas e em outras condições inaceitáveis biblicamente para entrarem no Reino de Deus (Gálatas 5.19 a 21; 1ª Coríntios 6.9 e 10; Apocalipse 21.8). Qualquer poderá dizer: "Isso é muito radical. Acho que não é bem assim." É essencial ler os textos bíblicos citados para ver o que Deus diz a respeito desses assuntos. Do mesmo modo que Ele disse: "nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR." (Levítico 19.28)
E quanto aos que fizeram tatuagens na ignorância? Não serão salvos e estão condenados à morte eterna por causa de marcas feitas em seu corpo? Como Deus lida com os pecados de ignorância? Não diz a Bíblia que Deus não atenta para a aparência, mas atenta para o coração? (1ª Samuel 16.7)
Deus dispôs o sangue de Jesus (Romanos 5.6 a 11) para que todos pudessem se lavar, ser santificados e justificados de todos os pecados: impureza, idolatria, adultério, homossexuais passivos e ativos, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, roubadores (1ª Coríntios 6.9 a 11). A Bíblia diz em Atos 17.30 e 31: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos." O sangue de Jesus nos purifica de TODOS os pecados e faz que TODOS que se arrependem alcancem a salvação. Aleluia! E que seja assim nessa última geração antes da volta do Senhor Jesus para retribuir a cada um segundo o bem ou o mal que tiver feito por intermédio do corpo (2ª Coríntios 5.10).




Pr. Haroldo Tôrres Alves
Igreja Cristã Reviver - Curitiba/PR

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