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24 julho, 2009

JCG/JULHO: Louvor: De volta ao Lugar

"— Eu fui da linha protestante somente porque gostava das músicas, nada além disso. Cantei depois em uma Igreja de outra confissão porque gostava da música sacra... hoje sou desta religião porque me encontrei... a música para mim é uma entidade e quem me protege é..."
As palavras acima são apenas um trecho da entrevista dada há poucas semanas, por uma cantora de renome no Programa Sala de Notícias da TV Futura, quando perguntada pelo entrevistador sobre o que ela pensa da música.Como músico compositor, imergido neste universo desde a minha infância, não pude conter minha indignação ao perceber o quanto a música tem estado fora de lugar — ao ouvir um outro cantor também de renome, falando da música em entrevista na TV usando termos pejorativos sem contar os inúmeros palavrões citados durante a entrevista.Bem, mas até aqui, estamos falando daqueles que não temem a Deus, e não seria nenhuma surpresa para nós cristãos, perceber o quanto eles não entendem o valor da música.
Em 2006, quando da prensagem de meu CD em São Paulo, estava sentado na recepção da empresa que prestaria este serviço e mais uma indignação. Ao meu lado um jovem com sua mãe que puxa conversa perguntando-me se eu havia gravado, afirmei que sim, perguntaram o estilo, eu informei, quando de repente a mãe diz: — ah... Fulano também ia gravar um gospel. Eu fiquei contente e perguntei: de que Igreja vocês são? — Igreja? — se espantou a mãe. — De Igreja nenhuma. É que fulano tem uma voz boa e a "gravadora tal" disse que faria sucesso, então fizeram um estudo e acharam melhor que meu filho gravasse forró mesmo.
Talvez você leitor esteja pensando que a "gravadora tal" que ofereceu gravar "um gospel" com este não cristão é gravadora do mundo não é? Sinto em informar que não era uma gravadora secular. Pelo menos não no nome.
Em 2008 um programa de televisão, secular, apresentado aos sábados, fez um estudo e apresentou uma reportagem sobre o que mudou na música brasileira nestes últimos 10 anos. Sabe qual foi a resposta? Nada!
Eles chegaram à conclusão de que a música popular brasileira entrou em decadência nesta última década. Nenhuma letra criativa, apenas cópias, nenhum sucesso duradouro, apenas músicas descartáveis. Imediatamente pensei: se eles, não conhecendo o verdadeiro valor da música, chegaram a esta conclusão, será que nós, cristãos autênticos, instrumentos de Deus para entoar a verdadeira música, estamos no caminho certo?
A música está em todo lugar. No carro, no escritório, nas clínicas de terapia, no cinema, no ônibus, nas academias, etc...A música mexe com nossas emoções. A música, independente de onde é tocada, cria uma linguagem universal, ultrapassa barreiras, mas nem sempre ela está no devido lugar. A música é criação de Deus, para Deus! Não é nossa intenção aqui abranger este tema no universo secular, pois faltaria espaço, mas focaremos o universo cristão da adoração. Costumo dizer que "a voz ou o instrumento mais afinado do mundo é aquela ou aquele que agrada os ouvidos de Deus e é cantada ou tocada de coração". Tudo foi criado para a glória de Deus, inclusive a música.
Se pretendermos devolver a Música, ao seu devido lugar, precisamos começar com Deus. Seu poder, sua majestade, seus atributos. É para Ele, autor da música que cantamos.
Lembro-me quando criança, nos meus primeiros anos de música, sempre que tocava ou cantava algo para alguém, perguntava: o que você achou? Precisamos perguntar a Deus o que Ele pensa de nossa música. É para Ele. Lutero disse que a "música deve ser serva da palavra". (Colossenses 1.16) Daí entendemos que a música como serva, irá concordar com a Palavra de Deus e jamais contrariá-la. Devemos adorar através da música "em espírito e em verdade" (João 4.24)."Com o espírito, mas também com o entendimento" (1 Coríntios 14.15) O prefácio do Hinário Para o Culto Cristão registra: "o cântico reflete a fé, as tradições, os valores, as preferências, as doutrinas, os rumos e a espiritualidade de cada um de nós. Nosso cântico reflete quem somos e onde estamos, na peregrinação cristã".
Hoje é possível descobrir a teologia de uma Igreja apenas pelas letras de músicas que são cantadas.
Infelizmente, muitas Igrejas, nestes últimos anos, restringiram o universo da música, que deveria ser serva da Palavra, a apenas poucos temas da esfera cristã. Lembro-me que há 20 anos cantávamos sobre a volta de cristo. Quando foi a última vez que você ouviu ou cantou uma música que fala da volta de Cristo? Música com temas bíblicos sobre serviço cristão, dízimo e ofertas, missões, família, sacrifício, perdão, esperança, eram comum nos cultos. Antigamente, a meu ver, as músicas iniciavam com: eu te adoro, eu te sirvo, eu te espero, eu te amo, eu te exalto, eu te invoco, eu perdôo, eu te entrego tudo.
Hoje, muitas músicas, começam com: eu posso, eu quero, eu sinto, eu determino, eu vou. O centro muitas vezes tem sido o homem, e não Deus. Existem músicas que nem mesmo citam o nome de Jesus. Devemos fazer algumas perguntas se quisermos devolver a música de volta ao seu lugar: está de acordo com a Palavra de Deus? O centro é Deus e não o homem? Faz parte da história da vida de alguém? (Sl 102.18) reflete a fé genuína do povo de Deus? Tem teologia? Ensina? Exorta? Consola? Admoesta? Concorda com o tema do culto? Jesus é exaltado?
Música de volta ao lugar porque é para Deus. Música de volta ao lugar porque é serva da Palavra. Música de volta ao lugar no culto. A música deve estar em conformidade com o tema da mensagem de maneira que contribua para que o ouvinte compreenda a vontade de Deus para sua vida. Faltaria espaço para falar da música de volta ao lugar no culto cristão, mas podemos citar que jamais nos apresentaríamos diante de uma autoridade sem reverência. A música no culto, como serva da Palavra, deve ajudar os servos do Senhor a entrar em sua Santa Presença pela adoração, depois gratidão, passando pela confissão, invocação, comunhão e disposição para mudança de vida.
Infelizmente, em muitos lugares, têm faltado a boa ordem e decência musical. Alguns entram na presença do Pai, sem prestar-lhe a devida reverência. Música de volta ao lugar na mão de verdadeiros músicos.
Tive um aluno, não cristão, que não saía no fim de semana para economizar dinheiro e comprar a melhor guitarra e amplificador para sua música.
Este rapaz fora abandonado pelo pai ainda bebê. Morava com a mãe em um terreno doado pela prefeitura em uma casa muito humilde, mas quando a coisa era música, ele vinha a pé de sua casa para não gastar com ônibus, pagava sua mensalidade sempre em dia, nunca faltava as aulas, porque queria dar o melhor para sua paixão. Estudou dois anos e meio com afinco.
Música de volta ao lugar, nas mãos de verdadeiros músicos cristãos, que valorizam a música, que dão o melhor de si, que estudam e investem em sua paixão. Não fazem de qualquer jeito porque nosso Deus — criador da música — merece o melhor. Música de volta ao lugar na boca de verdadeiros cristãos que não pedem desculpa porque não ensaiaram, mas que ensaiam primeiro antes de cantar. Estudam, se esforçam, para apresentar o melhor ao Senhor. Melhor que o mundo faz para o mundo, como na história deste rapaz.
É preciso antes de um envolvimento no ministério de música, uma avaliação do talento musical e compromisso da pessoa em continuar se desenvolvendo na música, sob pena de prejudicar o ministério pela dificuldade musical ou pela acomodação.
Música de volta ao lugar na terminologia correta. Louvar é elogiar a Deus, e isto pode ser através de uma palavra, de um testemunho, de uma oração, poesia e também da música.
Daí o erro de dizer que vamos "louvar um hino". Nós louvamos a Deus através de um hino. Daí também o erro de chamarmos a "equipe de louvor", neste caso toda a Igreja deveria ir a frente, porque todos louvam através da música. O correto é "equipe de música".
Outro erro, é dizer que a música liberta. A música pode atuar na emoção, mas quem liberta é a Palavra de Deus crida no coração pela ação do Espírito Santo.
Quem se envolve com a música cristã de adoração, tem a responsabilidade de contribuir para que a música esteja de volta ao seu devido lugar na Adoração a Deus.
Não pode alguém que não tenha uma vida genuína com Deus, com sua família, com a sociedade, com a Igreja, seu pastor e líderes, ministrar a música, pois a música cristã exige santidade na vida. Tocar e cantar de qualquer jeito, o mundo faz, e faz "bem".
Há muito tempo dizem que o inimigo ataca o ministério de música na Igreja e que é muito difícil fazer parte do mesmo. Em minha opinião, na maioria dos casos, o inimigo está bem longe, o que está perto é o pecado, o orgulho, a falta de humildade, a falta do perdão, não permissão para o desenvolvimento do fruto do espírito na vida do crente, a falta de submissão à liderança.
A equipe de música da Igreja tem a responsabilidade de estudar música, ensaiar a música, compor música conforme a vontade do Senhor, contribuir para a Adoração do povo de Deus no culto.
Seria bom que a equipe de música fosse um pequeno grupo de discipulado cristão onde cada participante obrigatoriamente deveria se encontrar semanalmente para discipulado bíblico, treinamento técnico musical, liderança e aí sim, ensaios e ministração à Igreja. Agradeço o convite e o espaço que este veículo de comunicação e evangelização me concedeu. Deixo meu abraço e saudação cristã a você apaixonado por música, assim como eu. A Jesus, nossa única melodia.


Pr. Nilson Siqueira Dias,
Pastor da Igreja Batista Nova Esperança/Bauru

20 julho, 2009

ARTIGO: Amizades virtuais

Na semana que passou foi comemorado o Dia do Amigo. A data não é oficial no Brasil - talvez porque foi criada por um argentino. Ele inspirou-se na chegada do homem à lua, no dia 20 de julho de 1969, imaginando que seria uma oportunidade de fazermos amigos em outras partes do universo.
Isso me fez pensar quantos amigos eu tenho. No Orkut eu tenho 275, no Facebook são 280 e no Twitter, apenas 39. Amigos de verdade? Posso contar nos dedos da mão.
Isso comprova o que antropólogos e sociólogos afirmam. Uma pessoa normal consegue manter relações sociais, no máximo, com 150 pessoas. Mas só terá amizades verdadeiras e duradouras com cerca de cinco pessoas de cada vez. É o que chamam de “laços fortes” e “laços fracos”.
Mesmo aqueles que se vangloriam de ter centenas de amigos em seus sites de relacionamento - – a media é de 120 - no final das contas, se correspondem com frequência apenas com 7 a 10 delas.
A verdade é que nossos sites de relacionamento, mas também nossa casas, nossas escolas, nossas igrejas, nossos churrascos e a maior parte da nossa vida está cheia de amigos virtuais. Fazemos de conta de gostamos deles, eles fazem de conta que gostam da gente e assim vamos levando.
No meio da multidão de “amigos” buscamos nos livrar da solidão, mas continuamos sozinhos. Apenas amizades verdadeiras são capazes de saciar a sede de relacionamento que temos em nossa alma.
Onde encontramos os verdadeiros amigos? Por incrível que pareça não são nas festas, nos churrascos e nem nas baladas. É justamente nas dificuldades que eles aparecem - enquanto os outros desaparecem.
Está escrito em Provérbios 17.17 “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade”.
Já em Provérbios 18.24 o que está escrito é “Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão”. Alguns comentaristas dizem que este melhor amigo é Jesus. Outros acreditam que ele seja o irmão que resistiu à adversidade. Creio nas duas coisas. Jesus é o nosso melhor amigo, mas é ele também que coloca em nossas vidas estes amigos-irmãos que tanto precisamos.
Ao invés de esperar encontrar amigos em outras partes do universo, como o argentino acima, fique atento àqueles que Deus já colocou do seu lado.

Milton Lucas é pastor da Comunidade Vineyard Piratininga

07 julho, 2009

COBERTURA: Pra. Ludmila Ferber canta para 15 mil pessoas em Pederneiras

Celebrando 118 anos, a cidade de Pederneiras foi palco de uma das mais populares festas da região. A tradicional Feira das Nações 2009, reuniu cerca de 100 mil pessoas, em 5 dias de feira, com atrações musicais, danças e comidas típicas. Promovida pela Prefeitura Municipal de Pederneiras, a feira traz shows gratuitos, com diversas atrações de renome nacional, entre eles o cantor Roberto Frejat, ex-vocalista do Barão Vermelho. Na quarta-feira 20 maio, a prefeita de Pederneiras, Ivana Camarinha, fez a abertura oficial da festa — celebrando as realizações de uma administração humanista de grande aprovação popular — com a execução do Hino Nacional. A cantora e Pastora Ludmila Ferber foi a atração principal da noite de abertura, que mesmo fria para a época, reuniu público recorde de cerca de 15 mil pessoas.
Estiveram presentes na ocasião diversas personalidades em visita à pastora. Destacamos a presença do conselheiro do JCG, o Pr. Lelo Rodrigues, da igreja Manancial de Sião de Bauru.
Já no início de sua apresentação a pastora Ludmila ministrou aos presentes com grande autoridade, movendo o público em adoração e clamando ao Espírito Santo para soprar bons ventos oriundos dos quatro cantos da terra para Avivar e restaurar toda região. Com experiência, ela moveu os presentes a se colocarem diante do Altar de Deus, clamando pelo Espírito Santo. Com uma ministração muito ousada a pastora profetizou curas e libertação — pessoas foram tocadas — e ao som da canção "Ouça e tome Posse", o romper do Senhor foi tamanho, que até os músicos começaram a profetizar para a multidão, com as mãos para o alto, em direção aos presentes. Ludmila estava entregue ao poder de Deus, ela pulava, falava em línguas, sentava no chão, ajoelhava — até parecia que a qualquer momento ia pular do palco e se juntar à plateia.
Em certa ocasião, e em tom de descontração, ela reclamou do som e da dificuldade que teve para subir ao palco. "Mas Deus fez o que tinha de ser feito" - completou.
Nos momentos finais, Ludmila convidou os pastores presentes para juntos intercederem sobre a cidade. Ela profetizou que Pederneiras será transformada pelo poder de Deus, e que será conhecida não pela cidade dos evangélicos, mas sim, pela cidade dos apaixonados por Deus — num claro sinal em prol da unidade. Em dado momento, a Pastora Ludmila convidou a prefeita Ivana ao palco, e abençoando-a, disse que ela é um instrumento de Deus para transformar Pederneiras.