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20 fevereiro, 2009

JCG/FEVEREIRO: Perfeitos em Unidade

Certo autor disse: "A Igreja tem a capacidade singular de manchar o nome d’Aquele que nunca fez nada de errado". O mundo não crê e a culpa é nossa desunião. Mas não é simplesmente que "o mundo não crê". Paulo diz que por causa de nosso comportamento incoerente "o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês" (Romanos 2:24).
A idéia de CORPO é interessante porque é uma das imagens que melhor enfatiza a unidade, pois em 1 Coríntios 12 o apóstolo Paulo deixa claro que somos muitos membros mas um só corpo. E esse capítulo é essencial para nós porque dificilmente o aplicamos no contexto da Igreja como um todo, principalmente no contexto da cidade. O paradigma em nossa mente nos faz olhar para a Igreja como um corpo no sentido de comunidade local e no sentido de Igreja única, em todos os tempos da história. Mas poucos aplicamos de forma clara esse princípio para a Igreja da cidade.
Esquecendo-nos das placas e luminosos, vamos nos ater ao fato de as comunidades locais ou denominações serem tão somente a expressão da diversidade de um corpo. Então começamos a entender o porque de cada uma possuir suas características peculiares, sua forma específica de atuar, e etc.
Quando olhamos separadamente, criticamo-nos uns aos outros porque queremos que os outros atuem exatamente como nós atuamos. Mas, o que seria do corpo se tudo fosse só orelha? ou, se todo o corpo fosse pé – onde estaria a boca? Onde estariam os olhos? O problema é que aquilo que Deus gerou como bênção de um corpo em aliança inquebrável, nós colocamos placas e chamamos de "denominação", "Ministério", etc.
João 17:22 nos mostra que o interesse de Jesus é que a nossa unidade seja como a unidade que Ele mesmo tem com o Pai: "que eles sejam um assim como nós somos um". A unidade existente entre Pai, Filho e Espírito Santo é parâmetro para nossa unidade. A pergunta: qual o ministério mais importante – do Pai, do Filho ou do Espírito Santo? Cada uma das Pessoas da Trindade se manifestou, não para revelar a si mesmo, mas para revelar outra Pessoa da Trindade. Uma aliança entre nós, tendo como base a aliança de Deus, nos levará certamente a esse mesmo tipo de comportamento: sermos um, nos vermos como parte de um corpo, e cada um de nós estarmos preocupados em destacar o ministério do outro e não a si mesmo – lembremos do ensino de Paulo em 1 Coríntios 12: "não podem os olhos dizer à mão: não preciso de ti", e, "os que nos parecem menos dignos, a esses damos maior honra", e ainda, "nossos membros nobres não têm necessidade disso", e mais, "Deus a escolheu os que não são para confundir as que são".
Devemos pensar seriamente nessas coisas antes de falarmos qualquer coisa que diminua o outro. Alguém já disse: "no fim, tudo se resume numa questão de poder". A unidade aparecerá quando submetermos nossas vontades humanas ao Pai e lhe dermos controle de nossos corações, nossas vidas e congregações. A desunião floresce quando a vontade humana domina como soberana. E isso é estabelecer outra aliança – se chama prostituição. A luta pelo poder destrói qualquer semente de unidade entre nós.
Tudo aquilo que Deus faz pelo homem está alicerçado e baseado em uma aliança. Então, quando falamos de aliança precisamos ter como base a aliança de Deus. Ela será nosso parâmetro, pois ainda que alianças entre homens, entre reis, entre povos, já existissem na antiguidade, para o povo de Deus (seja no VT ou no NT) o parâmetro é a aliança de Deus.
"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa." (Ex 19:5-6)
Assim como em vários outros textos Deus afirma que a aliança é dEle. Ao ampliarmos essa idéia, percebemos que Deus nunca nos pede para fazermos uma aliança com ele – Deus já tem uma aliança. Deus nunca solicitou de nós o estabelecimento de uma aliança com Ele. Deus toma a iniciativa de estabelecer a aliança e nos chama a estar debaixo dela. O critério para estarmos na aliança dEle é "diligentemente ouvirmos a sua voz e guardarmos a SUA aliança". Quando estamos em obediência, estamos também debaixo da bênção da aliança. Quando desobedecemos, saímos das bênçãos da aliança.
Deus não tem várias alianças. Sua aliança é expressa de várias maneiras, com diversas formas, mas nunca muda seu conteúdo e seu objetivo: Deus assume unilateralmente a aliança, o pacto, o compromisso de abençoar o homem no corpo, na alma e no espírito. E nessa aliança ele impõe condições – dar-lhe ouvidos e obedecer os termos da aliança dEle. Onde aparece pela primeira vez a aliança de Deus com o homem? A resposta está em Gênesis 3:15, quando Deus expressa seu juizo sobre a serpente (satanás): "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar"
A partir daí, todas as vezes em que Deus verbaliza uma aliança, não está estabelecendo uma nova, mas reafirmando sua única aliança – aquela que foi expressa em Gênesis 3:15. Por exemplo: quando Deus fala de sua aliança com Noé, o que tinha em foco era Gênesis 3:15 e não Noé propriamente dito. O mesmo se dá em relação a Abraão. Quando este é chamado a sair de sua terra e de sua parentela não é porque Deus estivesse frustrado com a aliança anterior e agora firmava uma nova. Ele tão somente reafirma a mesma e única aliança, mas em outros termos, dentro do contexto vivido por Abraão e inserida no processo de revelação gradual de seu eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus desde a eternidade passada, como nos mostra Efésios 3:11: "segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor"
Não podemos nos esquecer que Deus nunca muda. Nele não há sombra de variação. Ele não tem que ficar mudando sua aliança, criando novas alianças, ao sabor das surpresas geradas pelo homem em sua tendência à desobediência. Deus estabeleceu um plano na eternidade passada, antes mesmo de o homem ser criado. A base desse plano é Cristo Jesus, nosso Senhor. Deus não mudou e nunca mudará a sua aliança eterna.
Quando, na última refeição com seus discípulos, Jesus disse "este cálice é a nova aliança no meu sangue", em verdade não enfatizava que Deus estava CRIANDO uma NOVA aliança, mas selando aquela que era eterna. Qual a diferença entre o que veio antes e o que veio a partir de Jesus? A partir do momento em que Deus começa a revelar sua aliança, deixa claro que ela será firmada, de sua parte, através do sangue. No processo de revelação gradativa de sua aliança, Deus estimula o homem entrar na SUA aliança através do oferecimento do sangue de animais.
Até que chegasse a plenitude dos tempos e a aliança fosse revelada de forma mais completa, o homem deveria renovar a sua parte na aliança DE DEUS através do oferecimento de sacrifícios de sangue de animais. O derramar do sangue de animais não era para que o homem fizesse uma aliança com Deus. O sangue do animal tipificava o sangue de Cristo, o Cordeiro Pascal. É como se Deus fizesse com o homem (em relação à SUA aliança) o mesmo que fez com Abraão em relação à promessa de lhe dar uma descendência numerosa (deveria olhar constantemente para as estrelas e para a areia para visualizar um símbolo de uma promessa que era de Deus e não de Abraão). A cada momento em que o homem oferecia o sangue de um animal, visualisava a aliança DE DEUS e não do próprio homem. Quando veio Jesus, aboliu o velho processo, pois que agora já não haveria mais a necessidade de dia após dia serem oferecidos sacrifícios de animais. Jesus, a Verdadeira Aliança de Deus, foi o cumprimento da aliança eterna. 2 Coríntios 5:18-19 - Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. A pergunta é: Quando essa reconciliação se deu? a resposta seria "...Cordeiro (que) foi morto desde a fundação do mundo"(Ap.13:8b). Ora, sabemos que a fundação de um edifício é a primeira coisa a ser feita antes que a construção propriamente dita aconteça. Isso quer dizer que, antes de qualquer coisa, de qualquer ato criador de Deus em relação ao universo, antes de tudo existir, o Cordeiro foi morto para nos reconciliar com Deus. Essa é a idéia contida em Efésios 3:8-12 - "A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele".
A Superior Aliança feita por Deus com o homem, em Cristo Jesus, era inescrutável – tanto para os homens quanto para os demais seres criados, até o dia em que o selo da aliança veio através do sangue de Cristo. Noé, Abraão, Moisés, os Profetas – nenhum deles tinha conhecimento completo desta aliança, pois era um mistério oculto em Deus. Que mistério, de fato, era esse? – Deus decidira criar um povo "exclusivamente seu, zeloso de boas obras" (Tito 2:14). Para isso, Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu desde a fundação do mundo.
Essa é a base da nossa aliança, da perfeita unidade entre nós, e como povo de Deus, como Igreja, Noiva e Corpo de Cristo. Quando falhamos na aliança entre nós, é porque também falhamos na aliança dEle.

Pr. Edson valentim - CONPEV/BAURU
predsonv@hotmail.com

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