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14 fevereiro, 2009

ARTIGO: Israel: pergunta de um neto!

Para contar um testemunho, interrompemos hoje, excepcionalmente, a série de artigos que estamos postando neste site.
Antes de contar a história, aliás bem interessante, vamos esclarecer que devemos amar a todos os povos, todas as pessoas, independente de suas origens, de suas condutas, de seus costumes, bem como independente de ideologias, etnia e religião.
Jesus ensinou, como primeiro mandamento [não uma questão de cronologia, mas no sentido de relevância], “amar a Deus sobre todas as coisas” e, segundo “amar ao próximo como a nós mesmos.” (Mateus 22. 37 e 39).
Ele também nos ensinou a amar e orar até mesmo pelos inimigos e pelos que nos perseguem.
“Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5. 44).
Então, temos que concluir que a afirmativa do primeiro parágrafo é verdadeira, não é afirmativa pessoal nossa, mas é um mandamento de Jesus, que temos de obedecer, se é que somos cristãos.
Bem, e o neto com isso?
Um dos [onze] netos, o Bruno, de 9 anos, na hora do almoço dominical, quando a família se reune, perguntou:
- Vô, por que você tem uma bandeira de Israel (adesivo) no seu carro?
Dissemos então que Deus falando a Abrão, sobre Israel, o que depois repetiu a outros personagens bíblicos que sucederam a Abrão, disse:
“abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei aos que te amaldiçoarem, e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12. 3).
Dissemos ainda que Deus, através do salmista, recomendou:
“Orai pela paz em Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam” Salmo 122. 6).
Não dissemos ao Bruno, mas no Novo Testamento, há a recomendação de levar o evangelho primeiro aos judeus:
“Então Paulo e Barnabé, falando ousadamente disseram:
“Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a Palavra de Deus” (Atos 13. 46a).
Da mesma forma não dissemos ao Bruno que, também, a Palavra de Deus diz em Romanos 1. 16:
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”[gentio ou povos não judeus].
E nem dissemos que, também, Jesus diz que a salvação vem dos judeus (João 4. 22):
“Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus” [o próprio Jesus].
Mas o Bruno entendeu, e aceitou assim mesmo (meia explicação) a questão do “adesivo”.
Há em torno das passagens, acima citadas, todo um contexto do amor de Deus pelo povo que Ele chamou de “Seu”, de alianças, de quebra de alianças, de perdão de Deus, com o consequente estabelecimento de outras alianças, pois Deus nunca escondeu que quer a salvação de Israel, e Romanos 11 nos certifica que, no final, todo o Israel [remanescente] será salvo.
“E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, ele apartará de Jacó as impiedades...” (Romanos 11 26).
É conveniente a leitura de todo o capítulo.
Contamos também ao Bruno que um israelense sempre entrava na igreja, fazendo companhia à sua esposa e filho [cristãos], com o semblante muito fechado, bastante sisudo, e não aceitava ser cumprimentado pela equipe da recepção, à qual coordenávamos.
Ia até à frente, tinha um lugar predileto, e, se a cadeira estivesse ocupada, voltava até a porta e ficava “bravo” com as pessoas da recepção.
Ao sair, após o culto, também não aceitava o cumprimento de despedida e nem o abraço fraternal, que praticávamos com cada um e com todos.
Num determinado culto, após a entrada habitual: carrancudo, bravo, foi até o “seu” lugar, marcou-o com algum objeto, e veio falar conosco, acompanhado da esposa e do filho.
Disse: “venha aqui”, e saiu andando pelo templo, até que chegamos no estacionamento, e ele perguntou: “este carro é seu?”, e afirmamos que sim.
Ele então perguntou: “por que você tem esta bandeira de Israel colada aqui?”
Demos-lhe as mesmas explicações acima, de que Deus ama a nação de Israel, que a tem como a “menina de seus olhos”, que deixou com Abrão [depois chamado por Deus de Abraão] e outros sucessores seus, que “abençoaria os que abençoassem Israel, e amaldiçoaria os que a amaldiçoassem”, que Ele manda orar pela paz em Jerusalém, que Jesus deu a sua vida por ele também, etc.
Aquele homem, naquele momento, deu-nos um forte abraço e saiu sorridente em direção ao “seu” lugar, isso após dizer:
“Israel é a minha pátria, eu sou judeu”.
Depois disso, nunca mais entrou carrancudo, mas sempre sorridente, cumprimentando e abraçando-nos.
Num belo dia, no momento dos testemunhos, ele foi à frente e testemunhou para a igreja que havia se convertido a Jesus, aceitando-O como Messias, seu único e suficiente Salvador e Senhor.
E, confirmando a sua decisão, algum tempo depois, recebeu o batismo nas águas.
Não muitos meses passados, aquele “judeu cristão” faleceu e, certamente, foi passar a eternidade com Jesus, na presença de Deus Pai.
Valeu a pena, o "risco" de portar uma bandeira de Israel no carro, pois "há maior regozijo, no céu, por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos, que não precisam de arrependimento”. (Lucas 15. 7)
Glória a Deus!

Edmar Torres Alves – editor do Sê Fiel
www.sefiel.com.br

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